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SOCIEDADE - Conversações
Prof. Dr. VINÍCIO CARRILHO MARTINEZ
Olá pessoal, sou professor da UFSCar, na área da Educação.
Gosto de aprender um pouco por dia. Leio e escrevo bastante. É um vício, mas é dos bons.
Espero colaborar!!
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.
Um menino - Uma menina
Hoje, um menino, uma menina, foi-se pra sempre, de nós.
Menino, menina, porque a vida prometia ser longa.
Como será longo seu destino, até nos encontrar de novo - e irá.
É muito triste falar disso, mas escrever é pior, porque é você sozinho.
Nós pensamos um milhão de coisas, ouvimos suas vozes.
Todo mundo fala.
- menos ele.
-- talvez tenha falado, ninguém ouvido, aí se foi.
Minha maior tristeza é não ter chegado antes, ou até no minuto final, porque com certeza não teria acontecido.
- consegui parar antes de começar, faria de novo.
-- ou lutaria muito pra não acontecer.
A idade prepara você para as perdas, nem sei quantas tive, menos para essas.
- essas pouco avisam.
-- mas, se pouco avisam, é exatamente para os poucos avisos que devemos dar atenção redobrada.
Você quer saber se já pensei sobre isso?
Com certeza.
Compartilho com vocês os pensamentos iniciais desse menino, menina: será que vou agora ou depois?
Resolvi ir depois.
Tinha um milhão de "possíveis razões" pra partir antes da hora.
Hoje sei que nenhuma era válida, não pertenciam a mim.
O que mudou minha rota eu não sei.
Só sei que vou quando não mais puder ficar.
É a primeira vez que conto isso, e penso que seja na esperança de que ninguém tente ir antes do seu tempo.
Sou "meio que" sobrevivente, e o tempo de escrever aqui não é pra mim.
É para esse menino, menina, tanto faz, que foi quando não deveria ter ido.
Não importa aqui a descrição de quem era, como vivia. Até pra não estimular os ranços, os estigmas.
A minha pergunta é e sempre será a mesma: porque somos tão errados que não vemos pessoas tão boas?
Não vemos as pessoas boas, com tanta indiscrição, que elas preferem partir antes da hora.
O que vemos, no fim da história, é quem restou: nós.
Somos nós que não atuamos, não unimos, não amamos.
Nós somos apenas pequenos nós, de nós mesmos, despejados uns nos outros.
Com tanta gente que conheci - e, sinceramente, gostaria de desconhecer -, esse menino, menina, ao conhecer, me faria mais humano: humilde diante da vida.
Tenho poucos encantos, mas um presente de Ogum foi meu visual: a deficiência física que remove minhas montanhas, todos os segundos do dia.
Tenho certeza de que se esse menino, menina, me visse, tivesse só uma aula, uma conversa comigo, sua história seria outra.
Por uma razão simples: eu não desisto, não desistiria dele, dela, e nem permitiria que desistisse.
Estou muito emocionado, pelo fato, obviamente, mas, mais ainda, pela impotência.
Nós, humanos, temos que nos resgatar.
Estamos no limbo.
Hoje se foi um menino, uma menina, um múltiplo, uma grandeza que não conhecemos.
Porque somos limitados e limitadas a um só.
Quem mais perdeu fomos nós, traçados, travados, pelo sim e não.
Eu perdi, porque não o/a conheci. Mas, todos nós perdemos, limítrofes na conta binária do zero e do um.
O que quero dizer de fato é que, não nos deve interessar o que ele, ela, fez. Mas, o que nós não fizemos ou desfizemos pra chegarmos nesse poço.
Usei "mas" em demasia sim, mas foi mais pra somar nossos erros e culpas.
Esteja onde estiver, me procure na próxima vez.
Sempre haverá mais uma vez.
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.
Por quantos amanhãs?
Por quantos amanhãs?
- enquanto houver você
Enquanto houver você, vou respirar
Mas, só vou me lembrar de você, enquanto respirar
Enquanto você respirar, vou me lembrar
Em quanto ficou o tempo perdido?
- o texto sem contexto
Em quanto se mede nosso tempo?
Com quantos tempos nos fizemos perdidos?
- sem respirar
Me perdi, enquanto respirava por você
- e você?
Por quanto tempo mais?
O mundo não é quadrado
- nem mágico
Mas, enquanto respirar, não importa por quanto
- o amor será mágico, leve
Amor é igual poesia
- enquanto eu puder respirar
Meu amor vai transpirar
Por você!!!
É mágico, fora de qualquer quadrado,
Pensar que o amor também respira
É isso que me inspira
Não sou anjo,
- só nasci mais velho
Vim enquanto podia amar
Enquanto respirar, por você
- por mim
Vou te transpirar
Vinício Carrilho Martinez
7 de setembro
Faz um ano, precisamente, nós escrevíamos aqui sobre o 7 de setembro. Lá como cá havia uma sombra, um fosso, a corrupção do ideário, a beligerância de quem sente prazer na dor pungente e na morte programada do povo. Método obscuro, típico do grupo ora no poder.
Isso aí não é o 7 de setembro, mas é o que se tornou. Com o aprisionamento do Estado pelo Governo, pelo Palácio, nem os três Poderes são exatamente três. Na prática são dois, pois o Legislativo (feito refém do Centrão, pragmático como ninguém) é dócil e obediente ao Executivo. O Judiciário, sobretudo o Supremo Tribunal Federal (STF), tem parcelas de resistência – ainda que o país “terrivelmente evangélico” por lá também esteja representado. Uma importante trincheira ainda está aberta.
No geral, esse 7 de setembro reflete a mesma obra fascista de aprisionar o Estado, a fim de que se executem as obras do Fascismo Nacional. Apenas a título de exemplificação, dos terrivelmente evangélicos que anseiam por um Estado Teocrático – os laivos do Estado Islâmico são vistos a olhos vivos –, vejam que a Polícia Rodoviária Federal recebeu uma cartilha incitando (hoje) à leitura da Bíblia, mas que (amanhã) poderá vir a ser cultuada obrigatoriamente. Talvez seja questão de tempo, a depender da evolução dia fatos.
A função da polícia, de qualquer polícia – desde a Politia, na Grécia antiga – não é rezar ou abrir-se para ver Jesus na goiabeira. Até porque nem todos gostam de goiaba e, também, porque goiabas podem ter bichos em seu ventre.
A polícia tem por funções essenciais três tarefas óbvias: prevenção, investigação e repressão ao crime. Rezando ou não, é isso que o povo espera, é isso que manda a Constituição Federal de 1988. Além do mais, crentes ou não, o povo ateu - e de qualquer denominação religiosa - igualmente merece uma atenção institucional – dentro dos marcos legais. Tanto quanto o policial ateu tem todo o direito do mundo de pregar o ateísmo, desde que sua pregação não interfira em seu trabalho.
Em contexto semelhante, as demais secretarias e ministérios andam conclamando os servidores públicos a participarem do cercadinho do 7 de setembro. Por hábito, os e-mails do tal “sougov” estão destinados à lixeira – exatamente porque o lugar do lixo é no lixo, mesmo. Simples assim.
Outra corrupção monumental do ideário está na apropriação indébita do “verde e amarelo” (com ou sem o escudo da CBF) como cores do governo – quando, na verdade, são as cores da bandeira. Neste caso, é a Nação que se curvou ao Estado, tendo-se corrompido o ideário nacional de acordo com os interesses palacianos.
O Duce fez essa cartilha, na Itália fascista. O que temos aqui é cópia barata – turbinada por redes sociais –, porém, com desfecho anunciado (aos olhos abertos) de fracasso, farsa ou tragédia. Que é tudo farsa já sabemos faz muito tempo; resta-nos verificar se será um fracasso retumbante ou a tragédia – há muito anunciada, em verde e amarelo. Aguardemos os próximos capítulos.
Apenas para registrar: a trilogia “Subterrâneos da liberdade” (Os ásperos tempos, A agonia da noite, A luz no túnel), de Jorge Amado, passada no período do Estado Novo, guarda impressionante similaridade com o cenário brasileiro de 2022. Um texto absolutamente atual, que precisa ser (re)lido por todos aqueles que se preocupam com os destinos da Nação. A história se repete…e tanto se repete que a misoginia - enunciada no debate de ontem - ainda nos assombra com o barbarismo imoral, como massacrou uma Teresa Batista Cansada de Guerra, do mesmo clássico de Jorge Amado.
Vinício Carrilho Martinez - Cientista Social
André Pereira César - Cientista Político
O amor sem termos -Só me adora
Meu amor não transita, é direto.
Nossos temas são transversais e invertem polarizacões.
Temas que perpassam pessoas, sentimentos, ações.
Somos transversais, fomos nos fazendo assim. Inteligentes-sociais, transversais.
Tudo é um nó transversal, suas voltas em mim. Enredo, enreda-se.
Eu por aí, rodando, lançando. Sendo laçado, lançando.
Nós e nossos Nós.
Isso é transverso.
Eu em ti, eu por ti.
Você em mim, aqui e agora.
É um junto e misturado.
É aquele texto, com obrigatório contexto.
Todo texto tem, contém, "com texto".
É a sua textura.
Minhas lembranças.
Nossas vidas, engajadas.
É um tipo de amor transversal.
Igual à Terra.
Transborda, tem atração, mas não cai.
A vida é assim, o amor é assim, transverso. Põem em reverso tudo aquilo que nem deveria ter acontecido.
Amor transversal é o meu, meu pensamento, minhas ações com você, com minha gatinha, com quem não conheço.
Mas é seu, bem direto, sem transgressão.
Amar é verbo transitivo direto, pode ser transversal, mas é uma seta.
Dá voltas.
O alvo é o seu coração.
Amor transversal não tem pontas, nem pontos.
Só minha paixão que encontra suas conexões.
Nossas emoções, meu amor, nossas respirações côncavas e convexas.
Foi assim que te conheci e nunca esquecerei.
Somos verso e reverso, de nossas versões.
Mas sempre te amei.
Sou transversal desde quando te conheci.
Sou uma seta apontada pra você, que fez curvas, mas que te alcança.
É a minha objetividade, sendo transversal, evitando arestas, pra te alcançar.
Meu amor é direto, um verbo que não transita para além de você.
Vinício Carrilho Martinez
O meu trem das onze
Peguei o trem das onze algumas vezes. Nunca vi Adoniram, e isso é triste. Mas, quem não sabe o que é isso, é ainda mais triste, porque não tem história.
Tem uma parte da minha história da qual vou pular os detalhes - a parte em que ia com minha mãe para o hospital do Servidor Público, em São Paulo, aos cinco anos. Quando a grana dava, íamos de leito, na viagem de 12 horas. Conto outro dia.
Hoje me lembrei que o Estado de São Paulo foi construído seguindo a serpente da ferrovia. Lá, bem no começo da história, tudo era ferrovia, ou não era nada.
As rodovias vieram no pós golpe de 1964, para pavimentar os interesses do capital das chamadas 7 Irmãs.
Quantas viagens, olhando pela janela, sentado na janela, como rebelde que desafia a gravidade e a mãe, não fiz nesta idade !?
As mães sofrem e muito. Como se dizia, na minha infância, "moleque é uma desgraça" (vivia ralado, furado de prego). Porém, se não fosse assim, dizia-se: "há algo de errado". Também se dizia que o Anjo da Guarda cuidava muito, e o meu acho que fez hora extra.
E há algo de errado mesmo, olhando para as crianças de agora.
Também lembrei que Trem das Onze é o hino de São Paulo.
O Estado foi construído ao longo da ferrovia.
Além da própria capital.
A classe trabalhadora sabe perfeitamente o que é o trem das onze, das seis e das 18hs.
As cidades receberam nomes em ordem alfabética, seguindo a ferrovia.
Marília veio de "Marília de Dirceu".
E Marília, minha cidade, tem um distrito que se chama, exatamente, Dirceu.
É muito legal a história.
Aqui em São Carlos ainda tem trem de carga, apenas.
Ouço o apito 4 vezes por dia.
Sempre lembro das viagens que fiz na infância.
Outro dia conto a história indo ao pantanal, meu pai, sozinho, com 4 moleques pentelhos.
Coitado.
Mas foi impagável.
Tudo é inesquecível na vida, se for bem vivido.
Vinício Carrilho Martinez
Minha distância
Hoje não há isolamento
Antes havia e estava perto
Era tão perto que ainda sinto
Sentia seu cuidado
-seu cheiro, o gosto que ainda alimenta meu paladar
Nunca ouvimos
- Cuidado!!!
Era livre o ir e vir
- fui, você esteve
Tudo aconteceu
Aconteceu não sei o que...
Um dia você não veio
Ou não fui
Não sei porque
Se tudo estava livre
Acabou o isolamento e nós acabamos
Será que acabou?
- estou bem aqui e falo isso pra você
Seu coração é testemunha
O que não acabou
- aumentou
Foi só uma distância que coloquei
- sem você
Numa hora, perdi a noção
Você longe...
- ninguém perto
É o amor eterno
- não é coração partido, porque nunca partiste de mim
Não vou partir
Vou chegar
Você virá
E esquecerei o que um dia escrevi:
"Passou por minha vida cansada
Deixou rastros de perfume não compartilhados
Beijos não dados
Amor ao vento
Coração no frio
Meu leito vazio...."
Tá vendo,
Ouça profundamente
Faremos muitas poesias
Faremos poesia de amor
Faremos amor, como nas poesias
Amor tardio
O Amor tem hora
- mentira
Amar machuca
- verdade
Tem cura
- mais ainda se for amanhecido como pão
Igual o seio no coração
Assim você alimenta minha fome
- quando a gente não dorme
O nosso foi emancipado
- furor revelado
Amor pardo
Pureza no seu olhar
Limpeza na alma
Suas flores
- eu cheirei
Meus espinhos
- você aparou
Nunca ninguém parou
Você disse
" nunca diga nunca "
- quem já criou
Nunca diga nunca
Mentira
Nunca irá me esquecer
Verdade
Vamos nos ter
Isso é do seu bem-querer
Nada é impossível
Você vai ver
Sempre vai haver Amor
Verdade
Já me quisestes
Verdade
Me esqueceste
Juro que não
Tudo irá recomeçar
Sim
Por que sim?
Porque é uma praga
O amor é universal
Fiz pra você esse jogral
De amor incondicional
Prisioneiro de você
Estou fechado
É mentira
É verdade
Meu amor é de espera
Não tem idade
Não é amor bandido
Ninguém me rouba de ti
Tudo é verdade, o amor não mente
É você em minha mente
Espere e veja ...
Quando amadurecer
Você me colhe
Acolhe
Meus olhos tristes
Esse sonho esquecido
A vida de um BORÚ
Não tem adjetivos
É substância
Substantivo
Só existe em: Você-em-mim
Eu-quase lírico-em-você.
Em-você
Será meu conceito
Conteúdo
Como quem contém
O amor contém
Você me contém
Não estou contido
Estou contigo
Seu amor é feminino
Sempre felino
- me arranha
Se sou masculino
Talvez quase canino
É o nosso hibridismo
É nossa nova espécie
Nova
- mas não nos inova
Repete-nos
É uma ideia
Um ideal
- só você entenderá
BORÚ amado
GATA no meu telhado
Quando a vida tem força
- ninguém desespera
É a força da vida
Eu te espero
- esperei uma vida inteira
Você me ouviu
Ouvi, antes de chegar
Ouvi tanto e tantas vezes
- que tenho medo
Será que ouço sozinho?
Um beijo de ontem sem amanhã?
- minhas vozes
- meus sonhos
- seus mistérios
Promete que ouvirá comigo?
Ouvi tanto você que te escrevi
- presente em mim, sem te ouvir
- meu presente
A vida te trouxe
Sua vida me trouxe
Não sei cantar
Sei amar
Você sabe
Mas canto pra ti
- tá ouvindo?
Cada acorde é meu sopro de amor
- musicalizado
Falta-me ser amado
Por você
Seus mistérios são meus desejos
E só te tenho em desejos
- isso não é mistério pra ninguém
Meus desejos estão em você
Falei isso pra Nina
Menina
Feminina
Lembra?
Me esqueço de mim
Mas é você que se faz pra mim
Vinício Carrilho Martinez
Eu te amo
Eu te amo
Digo sempre
Já falei que sua boca é minha
- você é minha
Já beijei, então é minha
Vou pegar de volta
Está em todos os meus escritos
Fui inscrito em você
Inscrição de 1 a 1 milhão
- de anos, beijos e sonhos
Sou ladrão de todos os seus beijos
Beijo foi o nosso código
e remédio
Não há males da minha alma
- que seus beijos não curem
Quero te achar
- vou me achar em você
Inscrição é encaixe
Estou nessa sua caixa postal
- só verá meu amor
- único remetente
Gosto de clareza
Mas, nesse dia em que escrevo
Com seu corpo e alma em minha mente
Reconheço cada centímetro do nosso território
- vejo cada margem sua em mim
Do suspiro ao seu quadril
Nosso amor é tipificado
Cada ação ou reação contrária é crime
- crime contra o amor
Com você, nada poderá ser ruim
Você é foda
é o meu direito fundamental
- tão essencial quanto beijar você
Ainda mais quando respira em minha boca
Eu te amo porra!! ( Vinício Carrilho Martinez)
Salve Quando for possível
Cara
Vermelho é vida
Vermelho é foda
Meu sangue
-miscigenação
- puro só na ação antirracista
Vermelho é amor
- é a flor que não desiste
Como eu
Vermelho é sinal pra parar
Pare de tolices
Nossa ditadura é do amor
Incandescente
Insurgente
Independente
Indecente
Quem não ama, cai fora
- nem chega
Nossa bandeira é verde e amarela
- cada vez mais amarela para o ouro dos ricos
- cada vez menos verde para o povo
Ouça aí essa música
É absolutamente linda
Somos nós
Nossos brados de vida
Deixe de tolice
- se recebesse a ciência, saberia que essa música é o nosso DNA
Cara!!
Por que odiar, se pode amar??
Arme-se sim, as flores e o amor
E lute pelo bem de todos
- não lute só pelos seus "bens"...
Nossa cura é simples
AME !!!
Não seja parvo...
Seja pardo!!!
Negro, não branco
Não seja racista
Seja racional
Amar é não ignorar
- ame
- desarme
- cultive flores, amores
Se não me entendeu, ok!
- prometo que não explico novamente
É coisa da sua mente
O que vou dizer é simples:
Eu não amo você,
- adulador da morte
Mas, morreria por você
Até um toco de árvore merece meu respeito
Sou esse velho comunista
- eu não nasci hoje
Nesse cara ou coroa você perde sempre
Sempre!!
É a inexorável rotina da consciência
Só não divido meu amor pela amada
Ela nos lê agora
- a não ser que seja nossa pátria
Vinício Carrilho Martinez
Eu amo Também odeio
Eu amo
Também odeio
É minha dialética
Amo, quem ama
Odeio quem se arma
- gatilho contra a humanidade
Amo quem se desarma
Odeio armas de fogo
Amo o fogo de quem ama
Amo, amar de verdade
- aquele amor de flores e de chocolate
Amo flertar com meu amor
- nem sempre é doce como chocolate
É fêmea empoderada
- e tem que ser
Amo seu poder
Porque pode me amar
- destinação
Mas Amo ainda mais sua obstinação
Seu destino não é o poder
É só o amor
Seu destino sou eu
- eu já nasci predestinado pra ela
Meu amor é você
Então...
Somos nós dois aqui
- em um só
É a dialética do amor
Côncavo
Convexo
Só quem amou saberá o que significa
AMAR
Dói
Machuca
Odeia
Ama outras vezes
- menos eu,
Amando você
Vinício Carrilho Martinez
Histórias - a
Você leva minhas histórias
- minhas
Nossas histórias
- contamos, só não cantamos
História bem contada, é vivida
Vivemos algumas boas
Nem sempre de "boas"
- assim você não é
- muito menos eu
Mas, de nossas boas histórias,
- temos as nossas pra contar
Cantar não posso
Mas, posso amar
- nossas histórias
Amei você!!
Ou amo você??
Houve um breu
O sol não vinha
Amanheci no seu colo
Pele macia
O dia não vinha
Nesse dia não desprezei
A vida me traria
Só não sabia
Você!!!
Seu poder vem de você
- de amar
- esse amanhã
Minha esperança,
- vem de volta
Isso me alcança
A vida não se rende
Se reúne
A vida não se mede
- por anos
- mas por amores
- ou por um amor
E não importam os anos
Um dia teremos acesso...
Histórias - b
Você leva minhas histórias
- minhas
Nossas histórias
- contamos, só não cantamos
História bem contada, é vivida
Vivemos algumas boas
Nem sempre de "boas"
- assim você não é
- muito menos eu
Mas, de nossas boas histórias,
- temos as nossas pra contar
Cantar não posso
Mas, posso amar
- nossas histórias
Amei você!!
Ou amo você??
Houve um breu
O sol não vinha
Amanheci no seu colo
Pele macia
O dia não vinha
Nesse dia não desprezei
A vida me traria
Só não sabia
Você!!!
Seu poder vem de você
- de amar
- esse amanhã
Minha esperança,
- vem de volta
Isso me alcança
A vida não se rende
Se reúne
A vida não se mede
- por anos
- mas por amores
- ou por um amor
E não importam os anos
Quando te acesso
Estou aceso
É você
- seu incenso de paixão
Esse amor
É seu ardor
Meu intento
Mulher sem ranços
Assim era o samba no passado
- mulher sem ranços
- mulher de verdade
Mulher sem ranços tá no passado
Anda para trás
- sempre atrás
Toda mina
Maloqueirinha minha
Não há milagres
- mais assombros
- acordos consigo
Acordem!
São outros acordes
- ela sabe,
- falamos
Ela luta
É sua
Acordem!!!
- Acordem para os ranços
Melhor
Acordem para os motivos e seus sonhos
Sonho de não precisarem ter ranços
Sonhos de terem um só motivo
AMAR sem ranços
O meu sonho?
Bem, virá outro dia
Quando se realizar com você
Não passarão!!
Pra ser sincero,
não somos iguais
Não temos os mesmos defeitos
É só você quem provoca,
Os piores efeitos
Pra ser sincero,
faltam só 15 dias
- que já nos custaram 15 anos
Você irá passar,
leve sua ira
Engenheiro do Mal
Você não vai voltar
Você é passado
Não passou 1 dia,
sem te lamentar
- sem que foste o nosso lamento
Sinceramente,
Sua sinceridade quase nos mata
Sinceramente,
Só é sincero nosso fastio
Pra ser sincero,
Você é faschio
Seu faschio é o pior fastio
Mas,
Você passará em 15 dias
ANOTA AÍ
O diabo cobrará a venda da sua alma
Ó fastio do Fausto
Faschio do Mal
Estamos fartos
de inimigos no poder
Anota aí
Pra ser bem sincero,
Você é passado
Não passarão!!!
Vinício Carrilho Martinez